quarta-feira, 9 de julho de 2014

Cheerleaders da UFPR ganham desafio no Engenharíadas Paranaense 2014


O “Helgas e Hagares” tem apenas três meses de criação e já conquistou o posto de campeão entre os cursos paranaenses de Engenharia



Reportagem Fernanda Tieme Iwaya


O “Helgas e Hagares” e os “Vikings do C7” foram os campeões em seus respectivos desafios de cheerleading e bateria (Foto: Divulgação)



O cheerleading, ou “animação de torcida”, que mescla música, dança, ginástica e stunning – elevação das atletas - foi por muito tempo coadjuvante de outros esportes, mas começou a receber mais espaço, competições específicas. A equipe de cheerleading Helgas e Hagares, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi campeã do Desafio de Cheerleading do qual participaram no Engenharíadas Paranaense 2014, no início de maio. O evento consiste em um campeonato entre os cursos de engenharia de universidades paranaenses, dividido em jogos de diferentes modalidades, e ocorreu entre os dias 1 e 4 de maio em Guarapuava. O Helgas e Hagares faz parte do C7 – conselho do Setor Tecnológico, que envolve os cursos das engenharias e arquitetura e urbanismo – e é o primeiro da modalidade dentro da Universidade.

A equipe leva o nome do casal viking da tira de quadrinhos norte-americana Hagar, O Horrível - para ter uma ligação com a mascote do C7, que também é um viking. A criação do Helgas e Hagares foi ideia da atual coordenadora Marina Jordana Linck, que teve contato com o cheerleading em um intercâmbio na Alemanha em 2009. Há aproximadamente dois anos, a estudante sugeriu a criação de uma equipe da modalidade para acompanhar a bateria do C7, motivada pela experiência recente na Europa, mas a ideia não foi bem aceita. “Quando descobri que esse ano o Engenharíadas ia abrir espaço para um desafio de cheerleaders, eu fiquei muito empolgada e comecei a conversar em fevereiro com as meninas para formar uma equipe”, explica. No primeiro treino havia apenas seis interessadas e o pouco tempo para a competição despertou receio, pois estavam a apenas dois meses do evento. Segundo Marina Linck, não se imaginava que a equipe pudesse ser tão grande como é agora, com 18 meninas e cinco meninos, não obrigatoriamente dos cursos de Engenharia. Segundo a estudante de engenharia civil e coreógrafa do Helgas e Hagares, Camilla Helena Munhoz, de 20 anos, a participação dos meninos foi primordial para a realização de uma performance mais bonita e segura – eles ajudaram na base das pirâmides. “Nós fomos informados que eles precisam participar dos saltos também, mas como somos novos no ramo não tivemos problemas”, explica. 

O Desafio de Cheerleading teve a participação de cinco equipes das  universidades estaduais de  Londrina (UEL) e  Maringá (UEM), além da UFPR, e consistiu numa competição de apresentação de sequências. Segundo Karen Sanches, estudante de engenharia civil e cheerleader do Helgas e Hagares, o comportamento das demais equipes enquanto as apresentações eram realizadas foi dos melhores. “O desafio foi muito legal porque teve respeito entre as equipes, até com aplausos no final”, conta a cheerleader de 20 anos. 

A banca dos jurados era formada por especialistas na área, com dois membros da UBC – União Brasileira de Cheerleading, que oferece suporte às novas equipes – e uma professora de ginástica rítmica e dança. A coreógrafa Camilla Munhoz, que foi uma das primeiras a participar da equipe, explica que o júri elogiou muito os participantes pelo ótimo nível de preparo e performances. “Foi muito emocionante ver todos se divertindo durante a apresentação. Perceber o esforço de pessoas que nunca haviam participado de algo parecido antes foi indescritível”, diz a coreógrafa.


O troféu está exposto no centro acadêmico de Engenharia (Foto: Fernanda Tieme Iwaya)

A preparação foi feita em conjunto pelas próprias integrantes, que compartilharam os conhecimentos em comum e ideias para ajudar a estruturar e coreografar, assim como nas decisões de músicas e do modelo de uniforme – que teve o valor dividido entre o C7 e os integrantes da equipe. As meninas apostaram em montar uma estrutura de pirâmides e coreografia mais simples para que todos conseguissem realizar da mesma forma e ser algo bem feito, pois muitas não tinham passado por nenhuma experiência parecida e ficaria difícil aprender algo muito incrementado. “Eu expliquei pra elas que precisávamos estar craques nos ensaios, porque com o nervosismo erraríamos o mínimo na hora da competição”, conta Camilla Munhoz.

“Como estavam todos muito empolgados e conscientes de que deveríamos fazer tudo certo e bonito, a colaboração foi muito boa durante os treinos”, diz Marina Linck sobre os treinos semanais que se transformaram em diários na última semana antes do Engenharíadas. Para a cheerleader e estudante de engenharia civil Ana Julia Monteiro, os problemas mais pontuais surgiam quando alguém faltava aos treinos ou opinava em momentos inapropriados, mas nada que causasse desistências. Muitos já estudavam juntos ou se conheciam de vista, o que facilitou o bom relacionamento de todos como uma equipe. O recrutamento foi feito no boca a boca, e mesmo a maioria sendo de Engenharia Civil ou Mecânica, qualquer estudante da universidade é livre para fazer parte do time. “Nós não fazemos e nem vamos fazer testes, não queremos impor nada, o único pré-requisito é o empenho em querer participar”, revela Camilla Munhoz. A coordenadora Linck explica que restringir vagas para determinados físicos, talentos e cursos é tirar a chance dos alunos poderem participar de algo novo e interessante, que é o que a equipe proporciona. 


A equipe antes era apenas Helgas, acrescentaram Hagares depois para representar os meninos, que foram essenciais na boa performance (Foto: Divulgação)

Depois da participação no Engenharíadas, o Helgas e Hagares continua a treinar e recrutar interessados, e há a possibilidade de começarem a se preparar para competir nas Nacionais de Cheerleading. Marina Linck conta que estão estudando e pesquisando sobre isso, pois o grupo precisa se estabilizar  antes de decretar uma decisão séria como essa. Com muitos integrantes saindo, recentemente 31 pessoas novas apareceram no treino de experiência promovido pela equipe. “Foi muito inesperado e legal participar de um grupo de cheerleading, mas antes eu estava com receio”, diz a cheerleader Monteiro. Ela acredita que todos devem experimentar atividades novas e diferentes, porque no final o resultado pode ser surpreendente.

Informações Gerais


Os treinos são realizados toda terça e quinta-feira a partir das 19:30, no hall de entrada do prédio da administração do Campus Politécnico. 


O telefone da coordenadora da equipe, Marina Jordana Linck, é (45) 9978-4294.
 
 




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